quarta-feira, 20 de junho de 2012

De quem é a responsabilidade?

Ao andar de ônibus na cidade do Rio de Janeiro, percebemos como a cada dia que passa a função de trocador de ônibus está perdendo seu espaço. Porém, gostaria de ressaltar que em nenhum momento, mesmo perdendo espaço, a mesma perdeu ou perderá seu valor.
Hoje ao entrar no facebook, me deparei com um post que dizia exatamente sobre a importância no quesito segurança do trocador de ônibus. Aí vocês devem estar se perguntando... Segurança??? Sim, claro segurança, pois não deveria ser permitido em hipótese alguma que o motorista acumulasse as duas funções, haja visto, a necessidade de atenção ao dirigir. Essa  distribuição no quesito atenção, pode ser responsável por acidentes e colocar em risco a vida e integridade física dos usuários deste tipo de transporte.
Tal fato, motorista/cobrador, vem crescendo na mesma proporção em que as empresas de ônibus da cidade passam a optar por veículos menores, chamados de micro ônibus. Desta forma, as mesmas economizam com menos um funcionário por veículo e fazem com que o coitado do motorista, exerça as duas funções.
Agora fica minha dúvida... Se é proibido falar ao celular no volante, beber bebida e dirigir ao mesmo tempo, porque não é proibido o motorista dirigir e dar troco juntos? Isso não é perigoso? Qual é a real proporção do perigo nas situações ora citadas?
Aí percebo que o interesse no lucro, ultrapassa a noção do perigo que tal medida proporciona aos usuários! O que faz o Sindicato dos Rodoviários que não interfere nessa situação absurda?
Vamos lutar e mostrar nossa indignação por essa situação e por melhorias nas condições de trabalho e salário dos motoristas de ônibus de nossa cidade. Incluindo nessa cobrança, um acompanhamento psicológico de alguns desses profissionais, que realmente necessitam do mesmo. Para demonstrar tal necessidade, cito um fato ocorrido ontem, onde ao escutar de um motorista da linha 422 que uma certa vez bateu em um passageiro até ele correr, por provocações e que responde por tal fato, e o pior, disse que faria de novo! Será que esse motorista não precisa de um acompanhamento psicológico, ou até mesmo psiquiátrico? Será que ele já está apto a dirigir um ônibus pela cidade?
Resumindo, é fácil de se perceber que andar de ônibus em nossa Cidade é uma situação de risco e acima de tudo, requer tolerância de todas as partes.
Vamos refletir e cobrar das autoridades competentes as mudanças necessárias para o conforto, segurança e tranquilidade, não só dos motoristas, bem como, de nós usuários!
Um grande abraço à todos,
Fraternalmente,
Marcello Costa.

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